Novo sistema de classificação de artigos científicos –ÁREA 27 (2025-2028)

A Professora Claudia Henschel de Lima, Diretora de Avaliação (UFF/PROFIAP), mediada pela Professora Teresa Carneiro, Presidente do Comitê Gestor do Profiap realizou uma Live (10.07.25, 19h30) sobre o Novo Sistema de Classificação de Artigos Científicos da Área 27 (2025–2028)

Foram apresentaram as diretrizes do novo sistema de classificação de artigos científicos da Área 27, que substituirá o antigo Qualis/CAPES no quadriênio 2025–2028. Diferentemente do modelo anterior, que estratificava periódicos em categorias (A1 a B4), o novo sistema prioriza a qualidade e o impacto individual dos artigos, considerando métricas como citações, downloads, menções em redes acadêmicas e relevância teórica.

Essa mudança visa corrigir distorções do Qualis, como a valorização excessiva do fator de impacto dos periódicos em detrimento do conteúdo dos artigos e a dificuldade de adaptação a novas formas de divulgação científica, como os repositórios de acesso aberto.

A avaliação agora se baseia em quatro níveisMuito Bom (MB, 8 pontos)Bom (B, 4 pontos)Regular (R, 2 pontos) e Fraco (F, 1 ponto), determinados pela melhor posição do periódico em rankings internacionais e bases indexadoras. Para ser classificado como MB, por exemplo, um periódico deve estar nas categorias A ou A* da lista ABDC, ter ABS ≥ 2, ou figurar no Q1 do JCR (Web of Science) ou SJR (Scopus). Periódicos nacionais também são avaliados pelo SPELL e SciELO, com ajustes de classificação quando indexados nesta última.

A implementação do sistema conta com ferramentas de apoio, como um classificador online desenvolvido pelos professores Nadia Moreira e Octavio Locatelli (FUCAPE), disponível em periodicos-adm.com, que permite consultar a nova classificação de periódicos. Além disso, a CAPES disponibilizou guias para orientar pesquisadores, como o Guia de Publicação em Revistas de Administração Pública (PROFIAP), organizado pela Profa. Dra. Edna Torres de Araujo.

Embora a mudança tenha sido elogiada por focar no mérito dos artigos, críticas apontam riscos de subjetividade na análise qualitativa e possível manipulação por autocitações. Exemplos práticos ilustram as diferenças entre os sistemas: uma revista antes classificada como A2 no Qualis pode receber a nota B no novo modelo, enquanto outras sem indexação em bases internacionais podem cair para R ou F.

Em síntese, o novo sistema reflete uma tentativa de alinhar a avaliação científica a padrões globais, incentivando a produção acadêmica com impacto real, tanto para a comunidade científica quanto para a sociedade. A efetividade dessa transição, no entanto, dependerá da adoção transparente dos critérios e do engajamento dos programas de pós-graduação da Área 27.

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